Com meus botões

 (Poesia encomendada pela Denise, para o marido Rorivaldo. A história deles, contada por ela, foi a inspiração para essa poesia aí... Que entregamos numa serenata virtual e  pode ser acompanhada pelo link:  https://youtu.be/McmB7KshrDg ) Tua mão na minha (Sabrina Zahara ) Não é fácil falar de amor Faltam-me palavras para agradecer por tudo o que você, por mim, viveu Quisera eu não precisar agradecer nenhum sofrimento teu Mas, cá estou Alma nua e entregue Para que você saiba Eu te amo para além da vida que segue. Na frequência da rádio Só queríamos ouvir a nossa música tocar Nunca nos ocorreu que um dia Braquio e Radio seriam terapias a me salvar E, a cada longa batalha hospitalar... Ver-te lá, tua mão na minha Sem soltar Salvou-me mais vezes  Que qualquer dose de químioterapia poderia salvar! Quem diria que ao perder uma parte de mim, naquele dia Ganharia de presente um coração de amor sem fim? Rorivaldo, é um nome diferente, sim... Como são peculiares todas as atitudes vindas de ti… Q

Pausa (Sabrina Zahara)  Ela tem o dom de fluir,  Devo partir, antes que me parta em mil pedaços o coração Enquanto tenho razão, só preciso ir. Ela tem o dom de ouvir,  Minhas palavras a seguem apressadas Ela convida a caminhar Lado a lado num "Vambora andar" Te guardo aqui comigo Para outros carnavais Após o fim do mundo antigo Depois daquele cais. Mas, Agora eu não posso ir contigo Pois, Não haverá canto, jamais, Que me ensine onde guardar escondido Cada lágrima do meu futuro coração partido. Até mais.

Eco (Sabrina Zahara) Ouço a tua voz Ainda tenho teu sorriso Memórias são ecos Notas do Paraíso Rotas paralelas Dois anzóis no mar Cordas da mesma guitarra Pernas bambas num bailar Volta à antiga casa? Vamos juntos ligar  Aquela velha Vitrola Tenho algo a te mostrar Eu me encho de acordes teus Versos dançam e brotam no breu Eu te ouço nas vozes que cantamos E das vezes que brindamos Às batalhas que perdemos Ouço teu sorriso Ecoando no tempo que ainda temos.

Tom perfeito (Sabrina Zahara) Lá está,  Tudo indica que não sabe nada Vou aí te mostrar Cola no meu quadril No meu tom vem dançar Arrebenta a sandália. Sei lá,  De certo, o ponteiro do tempo dispara Deixa a chuva molhar Manda nudes da alma Link que acompanha Cola na minha calma Vida! O tom desse som  É Que não tá certinho? Vem aqui me mostrar  Faço desse seu jeito Dois pra lá, dois pra pra cá E Caio noutro enredo Todo compasso que você cantar Eu quero dançar samba... Mas, Tem ordem nesse caos Nós não temos segredo Dois pra lá, três pra cá Pra toda música que eu cantar Você é O Tom perfeito.

Serena vai onde quiser Nem me chama Vou por ela onde for A ninguém ama... Parece menina, e tão boba,  Serena se fez em mulher Sorriso festeiro na boca Quando roda a saia, balé. Me perco quando me perguntas Se um dia carinhos ganhei Num beijo enrosca o destino E um sopro de vida ganhei. Fizeste morada em meu peito E assim Não há nada o Que falta. Tua presença em mim é tão clara É céu de confusão Vais partir  E não tarda ... Fizeste morada em meu peito E assim Não há nada o Que falta. Tua presença em mim não cala A ti Nunca digo não! Tens Mais luz que o sol Mão que ampara. Meu amor Quando em meu lençol Antes do amanhecer Molha a flor,  água rara!

Começo novamente remontando a história Começar no meio, Recomeço agora Você é quem veio Depois de ir embora E a parte mais triste é que quer voltar Em todas as voltas só viveu tristeza Não me surpreendo com sua incerteza É um labirinto nessa correnteza Ter que estar distante mas querer ficar. Todos os instantes do amor menino Acenderam cores e tocaram sinos E todos os verbos se tornaram hino Quem sabe cantando  Vou reaprendendo a amar Todos os instantes do amor menino Despertaram sonhos e os desatinos E todos os versos se tornaram hinos Pra você cantar E reaprender a amar.